sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CRÍTICA: Iron Maiden - 2010 - The Final Frontier


Comemorem, Maiden-maníacos. Finalmente, após 4 anos, com o fraco A Matter of Life and Death, o Iron Maiden lançou um novo disco de inéditas. Batizado com o título de The Final Frontier (arte acima),  ele conta com 10 faixas novas, o que totaliza em quase 77 minutos. O álbum ainda não foi lançado oficialmente, mas já está disponível em diversos lugares da internet (devido a algumas pessoas que o compraram na pré-venda e o receberam antecipadamente). E o resultado conferido é, no mínimo, satisfatório.

Em primeiro lugar: não ouça esse álbum esperando algo inovador da banda (coisa que eles já não fazem faz tempo). Aqui, você ouvirá um som parecido com o que o Iron vem apresentando desde 2000, com Brave New World, e mais algumas pitadas da carreira-solo de Bruce Dickinson. Além, disso, vemos aqui os integrantes tocando de forma um pouco mais lenta, devido a idade um pouco mais avançada, o que já não os deixa fazer as mesmas coisas que faziam em seus tempos de ouro.

Mas, como eu disse, as músicas são "parecidas" com as de trabalhos anteriores. Isso porque algumas delas estão com uma pegada bem mais forte e superior as de discos com o A Matter. Logo na primeira música, Satellite 15...The Final Frontier, percebemos isso, após a introdução (que, creio eu, é a parte "Satellite 15" dela) totalmente non-sense. A já conhecida El Dorado, faixa que a segue, também vai por esse caminho, mas mostra um vocal mais fraco, talvez o pior de todo o disco. Mother of Mercy e Coming Home são mais tranquilas, mas não te dão sono. Com The Alchemist, o som pesado retorna, e a canção, inclusive, nos remete a tempos clássicos do Maiden, por ser mais rápida e direta.

A partir de Isle of Avalon começa a parte "progressiva" do CD, com a menor música tendo 7min e 48s. Mas logo nessa faixa vemos uma grande evolução na sonoridade da banda: mesmo sendo longa (9 minutos de duração), ela já empolga e é bem mais rápida do que coisas vindas do último lançamento, ou até mesmo algumas do Dance of Death. Junto com Starblind, The Talisman, e The Man Who Would Be King, o som se mostra interessante, chegando até a lembrar o fantástico Seventh Son of a Seventh Son em algumas partes. Quando When the Wild Wind Blows chega, o interesse passa rápido, por esta ser uma canção demorada, cansativa e sem muito nexo.

Anteriormente também citei que a banda estava envelhecida. Isso é, realmente, um fato, mas os caras continuam competentes. Os guitarristas Adrian Smith, Dave Murray e Janick Gers ainda mandam bons riffs e solos de guitarra, cada um seguindo seu estilo característico. Bruce Dickinson também está bem no microfone, mas já não consegue soltar aqueles agudos de antigamente (e isso fica evidente em algumas músicas, como El Dorado). Nicko McBrain e Steve Harris estão sólidos em seus papéis (baterista e baixista, respectivamente), mas não recebem muito destaque, como, em minha opinião, deveriam merecer.

Sendo possivelmente o último álbum da banda, The Final Frontier cumpre bem o seu papel: ser mais um lançamento do Iron Maiden pós-2000, com músicas do jeito que os fãs esperam. Mesmo não sendo nada muito inspirado e inovador, é um disco bom, com boas músicas (algumas acima do esperado) e também  com momentos ruins, mas que não chegam a comprometer muito o resultado final.

(P.S.: escutei The Final Frontier apenas uma vez para fazer esse review que, como podem ver, não está com tanta inspiração quanto os meus últimos. Por isso, é provável que o texto mude conforme eu vá escutando o álbum.)

NOTA: 8,0 
Tracklist:
1. Satellite 15.....The Final Frontier (8:40)
2. El Dorado (6:49)
3. Mother Of Mercy (5:20)
4. Coming Home (5:52)
5. The Alchemist (4:29)
6. Isle Of Avalon (9:06)
7. Starblind (7:48)
8. The Talisman (9:03)
9. The Man Who Would Be King (8:28)
10. When The Wild Wind Blows (10:59)

 Capa do Single "El Dorado".

2 comentários:

  1. Amiguinho, entendo bem porque não gostou da faixa 10. When the Wild Wind Blows, o Bruce no inicio lembra o merda do Blaze, dai fode, mas depois fica legal, lembrando até as musicas do dance of death, e no final das contas, sendo um disco não nota 8, mas 9.5-9.9, e eles ainda estão bons! os shows comprovam principalmente refente a voz do Bruce que está perfeitas condições!!! Espero que este não seja o ultimo disco

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    1. e realmente não foi ,the book of souls pra mim é o melhor album desde seventh son !

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