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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

BAR OBI-WAN AWARDS 2011: Os melhores do ano!

Esta é uma postagem que deveria ser feita desde os primórdios deste blog. Mas eu nunca pude, por razões pessoais. Desta vez, porém, a história foi diferente, e finalmente poderei executar algo que sempre planejei... BEM VINDOS AO BAR OBI-WAN AWARDS! Uma lista feita por mim com o que achei que teve de melhor neste ano. Muitos irão discordar de minhas escolhas, mas já sabem: nem sempre é possível agradar a todos. Enfim, vamos logo ao que interessa...

Álbum do Ano: FOO FIGHTERS - WASTING LIGHT

A escolha para esta categoria foi certamente difícil, pois tivemos em 2011 vários lançamentos de altíssima qualidade que se encaixariam perfeitamente aqui. "TH1RT3EN" do Megadeth, "High Flying Birds" do Noel Gallagher, "I'm With You" do Red Hot Chili Peppers, "Suck It and See" do Arctic Monkeys, "Chickenfoot III" do Chickenfoot, "A Dramatic Turn of Events" do Dream Theater, "The World Is Yours" do Motörhead, "Don't Explain" da incrível parceria entre Beth Hart e Joe Bonamassa... Mas acho que nenhum destes se equiparou ao lançamento mais recente do Foo Fighters, "Wasting Light". O som de 3 três guitarras, uma pegada mais pesada, uso de alguns vocais mais voltados ao gutural, a participação do baixista Krist Novoselic (ex-Nirvana), tudo isso garantiu um CD fantástico, um dos melhores (e se me permitem dizer, o melhor) do grupo liderado por Dave Ghrol. Dentre as músicas que se destacam, temos "Rope", "Walk", "White Limo", "Bridges Burning", "Dear Rosemary" e "Arlandria". Vale a pena escutar várias e várias vezes.

Game do Ano: BATMAN: ARKHAM CITY

MIMIMI SKYRIM, MIMIMI MODERN WARFARE 3, MIMIMI UNCHARTED 3, MIMIMI BATTLEFIELD 3. OK, todos esses são jogaços, especialmente o "Skyrim" (then it got an arrow to the knee). Mas o grande fato é: eu já vinha falando que "Batman: Arkham City" seria o GOTY fácil. E realmente, não me desapontou em segundo algum, tendo todos os elementos que tornaram "Arkham Asylum" o melhor jogo já feito sobre um herói e acrescentando muito mais história, melhorando os gráficos, corrigindo alguns pequenos erros, aperfeiçoando a jogabilidade, tendo extras muito mais interessantes. Ainda conta com a presença da Mulher-Gato, Robin e o Asa-Noturna como personagens jogáveis para míssões próprias e trajes alternativos para todos, tudo isso via DLCs. E para melhorar ainda mais, existem muitas missões secundárias espalhadas pela gigantesca Arkham City, e a trilha sonora é de primeira. Enfim, é praticamente um "GTA Batman", não tem como ser melhor. Rocksteady diz: CHALLENGE ACCEPTED

Filme do Ano: HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 2

Tenho que assumir que não assisti a uma grande parte dos bons lançamentos do ano até agora, então pode ser que esta não seja a escolha certa. Porém, o valor sentimental que a última adaptação de "Harry Potter" tem para mim e vários outros fãs o coloca no topo facilmente. Mesmo quem não curte muito os filmes da saga tem que assumir que este foi o melhor filme e o encerramento ideal da história, com as melhores atuações por parte do elenco, as sequências mais emocionantes e um desfecho praticamente intocado (finalmente). Nada mais justo do que escolhê-lo para esta categoria. Haters gonna hate

Série do Ano: THE BIG BANG THEORY

"Two and a Half Men", "How I Met Your Mother", "The Walking Dead", "House", "Game Of Thrones"... Todas séries fantásticas. Mas "The Big Bang Theory" atingiu seu ápice neste ano, com seus episódios mais engraçados e criativos. Sheldon está cada vez melhor e mais pirado, e é com toda certa um dos personagens mais engraçados que o mundo já viu nos últimos anos. A química entre o elenco também está fantástica, e a adição de Amy Farrah Fowler deu novos ares ao programa. Merece, e muito, estar aqui.

Show do Ano: AC/DC - LIVE AT RIVER PLATE

O AC/DC deu uma verdadeira aula sobre como dar um show. Uma produção gigantesca e extremamente bem feita, um som simples porém perfeitamente executado, músicos de categoria e cheios de energia, e uma platéia fenomenal, coisa só vista em países sulamericanos. Ver uma banda formada por senhores entre 50 e 60 anos de idade fazendo o que este quinteto fez (e continuará a fazer por muitos anos, espero) é algo fantástico, tocando clássicos como "Back In Black" "Highway To Hell" e "Thunderstruck" junto com canções mais recentes como "Rock N' Roll Train" (do álbum "Black Ice") de maneira impecável. Destaque total para Angus Young, que provou estar perfeitamente em forma, solando, pulando e todas as maluquices mais que ele sempre fez. Puro Rock N' Roll!

Clipe do Ano: MEGADETH - PUBLIC ENEMY Nº 1


Chimpanzés, perseguições de carro, tiroteios, fugas, explosões e mais uma música do c*ralho do Megadeth. Não preciso dizer mais nada, né?

Trailer do Ano/Filme mais esperado de 2012: THE DARK KNIGHT RISES


Fiquei muito em dúvida entre colocar este ou o do Hobbit aqui... Mas esse filme promete, DEMAIS, e o Batman leva mais uma categoria aqui. Um dos trailers mais empolgantes que já vi nos últimos anos, de explodir cabeças mesmo. E "The Dark Knight Rises" tem tudo para ser O filme de 2012, especialmente pelas aparições de Bane e da Mulher-Gato. Aguardemos.

Game mais esperado de 2012: TOMB RAIDER: TURNING POINT


Lara Croft, a eterna musa dos video-games, está de volta, em uma aventura que me parece mais promissora do que nunca. Os produtores optaram por dar um reboot na série, e este game seria justamente usado para explicar as origens da personagem, em sua primeira missão. Elementos de sobrevivência e gráficos extremamente realistas provavelmente serão implementados, e "Turning Point" tem tudo para se tornar uma versão de Uncharted com uma protagonista feminina. Assim espero, também.

A Decepção do Ano: METALLICA & LOU REED - LULU

Se tratando de Metallica, a maior parte dos fãs esperam por algo no mínimo ao nível do "Kill 'Em All". Quando foi anunciada a parceria entre a banda e Lou Reed, ex-Velvet Underground com um histórico não muito favorecedor, os fãs ficaram com opiniões divididas, mas todos esperavam pelo melhor. Com a divulgação do single "The View", muitos não queriam admitir a estranheza que a música causou (eu incluso). Mas com o lançamento do álbum "Lulu", a decepção foi inevitável. As músicas são desarmônicas, com vocais medonhos de Reed, repetitivas, com um péssimo uso do talento de músicos do nível de Kirk Hammett e James Hetfield, letras bizarras... Enfim, resultado desastroso. Antes fosse Hetfield como vocalista principal e o resultado seria totalmente diferente, como pudemos conferir recentemente nas canções do EP "Beyond Magnetic". Mas como isso não aconteceu, merece, e muito, estar aqui.

E isso é tudo. Espero que tenham gostado das escolhas, e reclamações nos comentários são sempre bem vindas :)

domingo, 16 de outubro de 2011

CRÍTICA: Pink Floyd - Pulse [1995]


Imagine o show de Rock perfeito em todos os aspectos: som, produção, visual, música... Conseguiu? Pois bem, agora imagine o Pink Floyd realizando este show. Pronto, você agora tem noção do que é o "Pulse", gravado pela banda britânica em 20 de outubro de 1994 no Earls Court Exibihition Centre, em Londres, e que serviu  como show de despedida da banda, antes de ser desfeita oficialmente. Tudo o que você encontra aqui é lindo, psicodélico, maravilhoso: desde as canções executadas pelo grupo (na época já sem Roger Waters na formação) até o comportamento de cada cidadão que esteve presente na ocasião, realmente apreciando o que estava sendo apresentado.

Após assistí-lo, mudei totalmente minha visão sobre como se fazer um show de verdade. Este aqui é um épico dos épicos, que realmente ficou para a história. Muita gente diz isto, e você deve ficar se perguntando: "Mas será mesmo"? Sim, é, e respondo isso com toda a convicção do mundo. Simplesmente não existem adjetivos o suficiente para descrever "Pulse" no dicionário, e mesmo neste texto não conseguirei passar a sensação que temos ao assistí-lo. Mas farei o máximo possível para chegar perto disto.

Em aspectos técnicos, tudo perfeito. Destaque muito grande para o sistema de iluminação que, PQP, deu um show a parte conforme as músicas iam sendo executadas. Foi simplesmente a coisa mais psicodélica que já vi. Os telões também tiveram um papel fundamental no espetáculo, com fantásticos vídeos de fundo que se encaixavam perfeitamente com as composições. O palco em si era incrível, com uma estrutura colossal e vários níveis para os artistas se posicionarem. O Earls Court Exibihition Centre, local escolhido para a realização, também foi bem apropriado para ocasião, por ser uma espécie de teatro, o que fez com que o público pudesse assistir tudo confortavelmente das poltronas superiores e das mesas localizadas na pista.

No som, tudo igualmente perfeito. Todos os instrumentos estavam bem afinados e seus volumes bem regulados. Os músicos, como era de se esperar, estavam todos perfeitamente sincronizados, com uma performance absurda. Até mesmo os adicionais merecem um enorme destaque, pois tocaram cada música como se já tivessem anos do estrada com o Pink Floyd, pessoas de uma qualidade absurda. Destes, tenho que destacar o tecladista, que acompanhou de forma genial o já falecido Richard Wright (até roubou a cena em certos momentos), e as três "backing-vocalists", cujo melhor momento foi em "The Great Gig in the Sky", onde soltaram suas belíssimas vozes de uma forma extremamente fantástica.

O grande trunfo mesmo fica para a execução das músicas, bem como a escolha delas. Como disse anteriormente, todos estavam em uma sincronia fantástica naquele dia, e isso tornou as composições ainda melhores de serem ouvidas. Desde clássicos como "Shine On You Crazy Diamond", "Another Brick In The Wall (Part 2)" e o álbum "The Dark Side Of The Moon" na íntegra (sim, completinho e ao vivo), até algumas menos conhecidas como "Sorrow" e "Take It Back", elas foram tocadas de forma magistral, muito semelhante às versões de estúdio, mas com alguns toques especiais que só Gilmour, Mason e Wright seriam capazes de realizar ao vivo. Os músicos convidados, como também já dito, souberam se encaixar perfeitamente nas execuções, além de terem, inclusive, se mostrado bem carismáticos. E o mais legal de tudo foi que todos se propuseram e conseguiram com êxito realizar um setlist extremamente longo, com 22 músicas. Ao todo, são praticamente 2 horas e 30 minutos ininterruptas de show e uma performance incansável, bem como incomparável.

E tenho que, sem dúvidas, destacar o público. Apreciaram o grupo o tempo todo, sem atrapalhar ou fazer tumulto uma vez sequer. Também mantiveram-se sentados, só levantando para aplaudir e se despedir da banda. E ainda por cima cantavam junto quando necessário. Nada de briga, nada de tacar cadeiras, nada de depreciar o local. Um exemplo que multidões do mundo todo deveria seguir, não apenas do Rock, mas de qualquer estilo (especialmente aqueles que são conhecidos por serem menos "civilizados").

É, eu tentei, mas realmente não dá para transmitir a experiência de assistir "Pulse" através de um simples texto. Em suma, é o show perfeito, de uma forma que jamais será feita novamente (infelizmente). Escolha incrível da setlist, músicos de qualidade indubitável, som fantástico, telão e efeitos de luz dando um espetáculo a parte, público maravilhoso, e acima de tudo: Pink Floyd. Podem tentar, até conseguir um resultado semelhante, mas nenhum JAMAIS será equivalente ao que o grupo inglês fez nesta apresentação. É um "must-watch" para qualquer fã, seja da banda, de Rock ou de simples música boa. Tá esperando o quê para ir logo assistir?

NOTA: 10,0

Tracklist:
Shine On You Crazy Diamond
Learning to Fly
High Hopes
Take It Back
Coming Back to Life
Sorrow
Keep Talking
Another Brick in the Wall (Part 2)
One of These Days
Speak to Me/Breathe
On The Run
Time
The Great Gig In The Sky
Money
Us and Them
Any Color You Like
Brain Damage
Eclipse
Wish You Were Here
Comfortably Numb
Run Like Hell

Vídeos:





Perfeito demais, demais, demais...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CRÍTICA: AC/DC - Live at River Plate [2011]


NOVIDADE AQUI NO BAR! Pela primeira vez em toda a história deste blog, uma crítica completa de um SHOW! Isso mesmo: a partir de hoje, 06/07/11, o Bar Obi-Wan terá um espaço garantido para críticas, notícias e divulgação de shows (com preferência para os de Rock, claro). Alguns dos que ainda devem aparecer por aqui são Pulse do Pink Floyd, Live Afer Death do Iron Maiden, Live Sh*t: Binge And Purge do Metallica, entre outros. Mas nada melhor para iniciar esta nova sessão do que um show como o "Live at River Plate", do AC/DC.

Gravado ainda em 2009, no Estádio Monumental de Nuñez, na Argentina, durante a "Black Ice World Tour" e lançado apenas em maio deste ano, "Live at River Plate" é, em sua essência, como todo show deveria ser: simples e fantástico. E a excelente produção de palco, a performance IMPECÁVEL dos senhores de 50/60 anos que ainda tem muito pique, a ótima escolha das músicas que foram reproduzidas e todo o agito do incrível público argentino melhoram ainda mais a experiência.

Em termos técnicos, simplesmente não há o que reclamar. A filmagem é perfeita, com excelente iluminação, diversos locais e ângulos de imagem (foram usadas TRINTA E DUAS câmeras), cenas do público, efeitos especiais com um pouco de psicodélica... É tudo muito incrível. Gostei muito dos momentos em que duas imagens de ângulos diferentes ficam emparelhadas na tela, achei isso muito bacana. Também achei interessante os takes na platéia, pois eles mostram diversos momentos distintos, mas com a galera sempre cheia de energia, pulando bastante e não parando nunca. Aliás, a única diferença entre o público brasileiro e o argentino ficou bem explícita aqui: no Brasil, se canta mais, enquanto na Argentina se agita mais. Mas é só isso, porque a energia de ambos no momento do espetáculo se equivale.

Quanto ao som, também não há muito o que se comentar, fora as características positivas. Tudo excepcionalmente mixado, de forma que se ouve muito bem o vocal, as guitarras, a bateria, o público, os efeitos pirotécnicos... Até o baixo, que geralmente é ignorado pela banda, aparece em alguns momentos. A única coisa que pode causar "estranheza" em primeiro momento são as músicas sendo executadas em um tom abaixo do normal, mas isso se deve ao fato de que o vocalista Brian Johnson já não tem mais a mesma voz de seus tempos áureos e então não força muito a garganta, ou a voz some depois de três shows seguidos.

O que mais me impressionou, porém, foi a performance do quinteto. Como disse anteriormente, o AC/DC foi impecável no palco, sem exageros. Eles podem ter idade já, mas parece que são apenas números sem sentido algum para eles, pois todo o ânimo e a empolgação do auge de suas carreiras continuam até hoje. Brian Johnson, mesmo não tendo mais a mesma voz do passado, ainda é um grande vocalista, demonstra ainda ter muito fôlego, e não para de se movimentar pelo palco (que conta com uma pista que vai até o meio do público) em nenhum instante. Malcolm Young e Cliff Williams permanecem mais parados, como de costume, mas se mostram muito sólidos na execução das bases e linhas de baixo. Phil Rudd não deixa de surrar sua bateria em momento algum, sempre com um cigarrão no canto da boca. E Angus Young... Ah, esse não muda nunca. Corre pelo palco, realiza "Duck Walk", faz "striptease" no meio da apresentação, agita a galera, toca solos de guitarra se jogando no chão e rodando deitado, vai para o meio da galera em uma plataforma que se ergue. E os caras seguem nesse ritmo durante as mais de 2 horas de duração do show, executando 19 músicas, que vão desde as mais clássicas como Back In Black, Highway to Hell e Thunderstruck, até as mais recentes do álbum "Black Ice", como Rock N' Roll Train, Black Ice e War Machine, que soam extremamente bem no repertório e são entoadas pela galera como se fossem as mais antigas.

O AC/DC pode ter lançado poucos registros ao vivo em vídeo (com parado a algumas outras bandas, foi pouca coisa mesmo), mas todos eles sempre trouxeram o que os fãs esperavam: muita qualidade e Rock N' Roll. Em "Live at River Plate" não foi nem um pouco diferente, com uma produção fantástica, espectadores muito animados e participativos, uma trilha sonora de primeira que mescla clássicos com as músicas do CD mais novo e, mais uma vez, uma apresentação fantástica dos membros da banda, com shows a parte de Brian Johnson e, principalmente, Angus Young. Esses "tiozões" tem o verdadeiro espírito do Rock dentro deles, e nunca deixarão isso morrer. Enfim, perfeito, do início ao fim.

NOTA: 10,0

Tracklist:
Rock N' Roll Train
Hell Ain't A Bad Place To Be
Back In Black
Big Jack
Dirty Deeds Done Dirt Cheap
Shot Down In Flames
Thunderstruck
Black Ice
The Jack
Hells Bells
Shoot To Thrill
War Machine
Dog Eat Dog
You Shook Me All Night Long
T.N.T.
Whole Lotta Rosie
Let There Be Rock
Highway To Hell
For Those About To Rock (We Salute You)

Vídeos:







Produção fenomenal, público incrível e execução perfeita... Um show para estar na coleção de qualquer fã.