sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CRÍTICA: Toy Story 3


Falar sobre Toy Story significa falar da minha infância, e, com certeza, da de muitos outros. Quem nunca assistiu esse fantástico filme alguma vez quando era criança? Para mim, em especial, foi algo marcante, diferente de tudo que já havia visto, e muito divertido e viciante (praticamente o assistia todos os dias). Quatro anos depois do lançamento deste, veio a sequência, Toy Story 2, que também foi um excelente filme, muito bem pensado, também divertido e com uma animação digital melhorada, o que já trazia mais detalhes gráficos. Muito marcante também, especialmente pelo fato de contar com novos personagens.

Onze anos depois do último filme, veio então, neste ano, Toy Story 3, para encerrar a trilogia de animação. E não foi qualquer encerramento: foi algo digno da franquia, que resgatou a magia vivida por muitos nos dois primeiros longas e propõe a mesma diversão, emoção e entretenimento. E ouso a dizer mais: ele proporciona tudo isso de uma forma até mais intensa do que nos anteriores.

Na trama, praticamente 10 anos se passam entre Toy Story 2 e 3, e Andy já está com 18 anos, pronto para ir para a faculdade e, com isso, se vê prestes a se mudar para o campus. Então, resolve guardar alguns de seus brinquedos mais queridos no sotão para poder arrumar seu quarto e deixar tudo pronto para a partida. Acontece que eles, após quase irem acidentalmente pro lixo, acabam parando, também por acidente, na creche Sunnyside. Tudo lá parecia perfeito, ainda mais com a calorosa recepção pelo urso Lotso, o boneco Ken e outros brinquedos que estavam lá. Mas, logo após o primeiro dia lá, os nossos heróis descobrem que as coisas não são tão felizes assim em Sunnyside, e que há um grande esquema por trás de toda aquela alegria inicial. A partir daí, Woody, Buzz e sua turma encontram diversas situações, muitas vezes complicadas, e que... Bem, se eu contar vou estragar.

A película (que espanhol isso) proporciona muitos, mas MUITOS momentos emocionantes ao seu decorrer. Logo no início, você se vê diante de uma coisa que, a princípio, lhe parece inédita, mas, se você se lembrar do Andy brincando no começo do primeiro filme, com certeza saberá o que está acontecendo, e terá AQUELA volta a infância (ou ao momento que assistiu pela primeira vez), coisa pra quase se chorar mesmo. Mais para o meio, temos algumas cenas bem divertidas com Barbie e Ken e com o Buzz espanhol (assista e entenda), coisas pra rir muito mesmo. Se aproximando do final, acontecem muitas situações que parecem ser o fim, o ponto morto, e tem que se segurar muito pra não cair no choro. O final do filme é um dos melhores momentos, e, sem dúvidas, um dos que você está mais propício a derramar ao menos uma lágrima. Você acaba se vendo ali, de alguma forma... É totalmente incrível.

Partindo para os detalhes técnicos, a qualidade gráfica da animação é a mais incrível que eu já vi. Está tudo perfeito: você consegue ver que a roupa do Woody é de pano, distinguir perfeitamente cada fio de cabelo dos humanos e da Barbie, ver que o urso Lotso tem pelos (como um bicho de pelúcia de verdade), enxergar sardas no rosto de alguns personagens, entre outras coisas. Isso sem falar nos efeitos de iluminação fantásticos, nos diversos detalhes do cenário, nas expressões totalmente realistas... Além disso, a movimentação também melhorou, se tornando muito mais real.

O som também está fantástico, com efeitos perfeitos para cada momento, e uma trilha sonora que conta com músicas novas que se encaixam muito bem para cada situação, além do retorno da clássica "You've Got a Friend in Me" (conhecida como "Amigo Estou Aqui" no Brasil), e, inclusive, em uma versão em espanhol, para homenagear a Fúria após sua vitória da Copa para um momento do Buzz em cenas durante os créditos. A dublagem também está genial, até mesmo a brasileira, com o retorno dos dubladores originais de cada personagem, com vozes que se encaixam perfeitamente e estão bem sincronizadas com o "movimento labial".

Agora, um detalhe a parte e uma recomendação minha: se você poder, assista o filme em 3D. Sério mesmo, é um recurso que melhora ainda mais sua experiência com o filme, já que parece que as coisas ficam mais perto de você e sua "interação" com o filme acaba aumentando. Mas é só um detalhe opcional (que eu recomendo), pois sei que alguns não gostam desse efeito e outros talvez achem o ingresso caro demais. Só que vale a pena, não tenha dúvidas.

Tem ainda, antes do início do longa, um curta-metragem animado, como é de tradição dos filmes da Pixar. Mas o desta vez, chamado Day & Night (Dia e Noite aqui AH VÁ!), é simplesmente excepcional, pois, além de nos divertir mostrando as diferenças entre dia e a noite em situações diversas, nos passa uma mensagem muito importante: "Do que seria o mundo feito se não houvessem as diferenças?". Serve como um "aperitivo" para o que está para vir depois, por essa idéia de mensagem.

Toy Story 3 é, sem dúvidas, o melhor filme do ano até agora, e acho que nenhum outro vai superar. Talvez eu tenha usado "perfeito" e palavras derivadas de uma forma um pouco excessiva durante esse texto, mas não existe adjetivo melhor para expressar o que ele é. Um filme genial, que emociona, entretém e cativa o espectador do início ao fim, de forma que ele não desgruda os olhos da tela até o finzinho. Que venha Toy Story 4!

NOTA: 10,0

Trailer:


 "Tem uma cobra na minha bota!"

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