segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CRÍTICA: AC/DC - 1980 - Back in Black


No dia 25 de julho de 2010, foram completos exatamente 30 anos que o sexto (ou sétimo) álbum da banda australiana mais conhecida de todos os tempos foi lançado. Como forma de homenagem e agradecimento aos bons momentos que tive enquanto ouvia alguma das músicas dele, estou escrevendo este texto. Até porque algo como Back in Black merece, afinal, é um discaço, dos melhores já feitos, e vocês já entenderão o porquê...

Os anos 80 começaram mal para o AC/DC. Logo no dia 19 de fevereiro de 1980, ocorreu uma tragédia que abalou o mundo e que mudou para sempre a trajetória da banda: o vocalista e frontman Bon Scott havia falecido, por engasgar com o próprio vomito após tomar um porre muito forte. Todos ficaram muito abalados, e foi cogitado o fim do grupo. Mas eles resolveram prosseguir com sua carreira de sucesso, e logo foram em busca de um novo homem para assumir os vocais.

Depois de um certo tempo de procura, eles finalmente acharam alguém que poderia substituir Scott a altura: o quase desconhecido Brian Johnson. Ele já havia realizado alguns trabalhos solo nos anos 70, mas nada muito expressivo. Mesmo assim, a banda confiou nele, achou que os fãs iriam gostar, e logo então foram gravar em estúdio.

E não é que deu certo? Lançado em 25 de julho daquele mesmo ano, Back in Black (nome dado em homenagem e em luto a Bon Scott) trouxe um AC/DC "igual, mas diferente" do da era do antigo vocalista. Diferente porque não havia mais Bon cantando, e porque algumas composições se tornaram mais simples do que as daquela época. Mas também igual porque trouxe a banda com a mesma pegada: rápida, mais pesada e eletrizante. Johnson chegou arregaçando nos vocais, com sua voz cortante, aguda e meio rouca. Angus Young estava endiabrado, criando riffs marcantes e, como em toda a carreira da banda, simples. Malcolm Young também esteve muito bem, acompanhando de forma perfeita seu imão e mandando a ver nos backing-vocals. Cliff Williams também teve bom desempenho, embora o baixo quase não apareça no disco. E enquanto a Phil Rudd... Bem, como todos sabem, a bateria nunca foi o ponto forte do grupo, mas ele esteve presente de forma muito sólida neste álbum.

A mixagem de som foi muito boa, com um som extremamente limpo e audível, sem ruídos ou outras interferências. Somado a tudo isso, ainda tivos alguns grandes hits vindos desse clássico: a pesada Hells Bells, a mais agitada Shoot To Thrill, a extremamente conhecida Back In Black, a balada You Shook Me All Night Long e a mais lenta Rock N' Roll Ain't Noise Pollution. Ainda temos outras excelente músicas que não fizeram tanto sucesso, como What Do You Do for Money Honey, Give the Dog a Bone e Let Me Put My Love into You, junto com as de menos destaque Have a Drink On Me e Shake a Leg.

Claro que, com toda essa excelência, era impossível o disco não ter feito sucesso. E fez, realmente fez e faz até hoje. Back in Black é o segundo álbum mais vendido de toda a história, com 49 milhões de cópias, atrás apenas do (também clássico) Thriller, de Michael Jackson. Também é o CD de Rock mais vendido de todos os tempos, tal como também é o mais vendido já feito por uma banda. Além disso, fez com que o conjunto fosse 22 vezes premiado com o disco de platina nos EUA, uma marca que poucos conseguiram, ainda mais com apenas um de seus lançamentos.

Por fim, vos digo: ouçam Back in Black, o mais que puderem. Com certeza não se arrependerão e terão momentos felizes em suas vidas ouvindo essa pepita. Afinal, são poucos os que conseguem a proeza de criar um álbum que empolgue o ouvinte de cabo a rabo, e, já que o AC/DC conseguiu, acho que não é justo você perder essa oportunidade, não é mesmo?

NOTA: 9,5

Tracklist:
  1. "Hells Bells" — 5:12
  2. "Shoot to Thrill" — 5:17
  3. "What Do You Do for Money Honey" — 3:35
  4. "Givin' the Dog a Bone" — 3:31
  5. "Let Me Put My Love into You" — 4:15
  6. "Back in Black" — 4:14
  7. "You Shook Me All Night Long" — 3:32
  8. "Have a Drink on Me" — 3:58
  9. "Shake a Leg" — 4:05
  10. "Rock And Roll Ain't Noise Pollution" — 4:16

Uma das melhores épocas dessa grande banda.

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