sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CRÍTICA: Super Scribblenauts


Há um ano atrás, logo quando o Bar foi criado, fiz o meu primeiro review de Games por aqui, estreando tal tag. O escolhido para isso foi, justamente, Scribblenauts, no qual estava muito viciado durante aquela época, junto com alguns outros lançamentos. Mas não era para menos: o jogo é extremamente criativo, divertido, cativante, bonito... Um excelente título, mesmo com alguns defeitos na movimentação e na física (DETALHE: não o terminei até hoje por causa destes problemas, apesar de ter chego perto...).

Agora, essa praga viciante retornou a minha vida para me tomar tempo. Lançado na última terça-feira, 12/10 (não, não foi lançado para o Dia das Crianças, até porque tal data nem é comemorada nesse dia nos EUA), Super Scribblenauts repete tudo o que foi bom no primeiro jogo. E isso quer dizer que vocês podem esperar por ótimos e criativos quebra-cabeças, muitas, mas MUITAS palavras e objetos (se em Scribblenauts haviam mais de 22 mil, imaginem nesse aqui...), excelente design das fases e boa interface dos menus. Sem falar das novidades, que são interessantes e proporcionam uma experiência ainda melhor.

Começando pela jogabilidade, que, ao meu ver, era o maior problema do primeiro título, logo quando se joga pela primeira vez pode se perceber que todos os defeitos físicos foram corrigidos ( \o/ \o/ \o/ ). Sim, isso mesmo: o controle de Maxwell mudou muito, respondendo muito melhor ao toque e não indo loucamente até o local selecionado, mas sim andando e parando conforme se pressiona ou não a touchscreen. Além disso, foi adicionado ao jogo a opção de movimento pelo D-pad (A.K.A. botões), algo de que reclamaram muito por não estar presente no anterior. Só achei estranho a lerdeza do personagem principal e de alguns outros seres/objetos (como o pterodáctil)... Ah, e acabaram com a graça de usar o buraco negro aqui: como eu disse, TODOS os defeitos físicos foram corrigidos, e agora ele se expande quando absorve as coisas (isso é triste, pois era algo muito útil...), te matando e encerrando a fase.

Graficamente, o jogo não está muito diferente de Scribblenauts. O estilo caricato, semelhante a desenhos de criança, foi mantido, mas os traçosm foram redefinidos, agora estando mais fortes e redondos. As cores melhoraram bastante também, tendo mais tons e fazendo com que as coisas se assemelhem mais ao que são na realidade. Alguns "sprites" foram refeitos, e ficaram melhores e mais interessantes. Os menus receberam uma "reformulação", e, apesar de serem básicos, estão mais organizados e amigáveis. A seleção de fases, inclusive, mudou totalmente, sendo que elas agora são separadas por constelações e tem os mais diversos temas. Há, inclusive, as especiais, onde estão as telas de ação.


Olha só, uma banheira com asas... WAIT, WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAT?!

Sobre a  trilha sonora, novas e grudentas músicas foram adicionadas, junto com alguns remixes das originais. Alguns personagens e objetos receberam novos ruídos, que podem acontecer nas mais diversas ocasiões. Fora isso, sem mais deferenças. E isso é ruim, pois alguns dos temas de Scribblenauts eram muito bons e criativos, e eu gostaria de ter visto essa criatividade novamente (o que não foi o caso) :/

Agora, sou obrigado a dedicar um parágrafo inteiro somente para falar da base de qualquer coisa que possa ser realizada em Super Scribblenauts: as palavras! Como já citei, o primeiro jogo trouxe 22800 palavras, e o número só aumentou desta vez: são 34000, criando ainda mais possibilidades de resolução das fases. Isto se deve a uma boa novidade: a adição de adjetivos na hora de escrever (outra coisa que reclamaram por não ter no primeiro título). Aqui, escrever coisas como "green person", "robotic alien", "small elephant" funciona, e chega ser essencial em certos objetivos. Porém, ocorreu o pequeno problema com a presença deles: fases onde só é permitido o uso de substantivos adjetivados, que limitam sua criatividade, mas nada demais. Neste acervo também existem algumas palavras de origem virtual, como "rickroll'd", referência a zuação feita com o envio do clipe musical de Rick Astley para diversas pessoas.

A criação de fases também foi melhorada, estando muito mais simples de se mexer com essa ferramenta extremamente interessante, que ajuda a te manter preso ao jogo... Ainda mais agora, com o aumento da quantidade de objetos, o que torna as possibilidades de criação ainda maiores (praticamente infinitas). Ah, e o envio e recebimento das telas via Wi-fi foi mantido. Aliás, é o único recurso sem fio presente no game, algo que poderia ser muito melhor explorado pela produtora, 5th Cell.

Se você gosta de jogos de plataforma 2D, e também gosta de bons gráficos, jogabilidade e criatividade (ou então gostou do primeiro jogo), Super Scribblenauts é um must-have em sua coleção. Com grandes melhorias em relação a versão do ano passado, mais palavras e uso de adjetivos, a diversão e o desafio são garantidos aqui. Sobre o objetivo básico do jogo, só me vem uma coisa em mente, e esta é dita pelo "grande" professor Paulo Japa: "Escreva!".

Gráficos: 9,0.
Jogabilidade: 9,5.
Som: 8,0.
Desafio: 9,0.
Diversão: 10,0.

NOTA: 9,0

Trailer:

Lobisomem surfista: Aí sim, fomos surpreendidos novamente...

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