segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CRÍTICA: Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds [X360]


FINALMENTE. MESMO. A espera foi extremamente longa, com os fãs aguardando ansiosamente, por aproximadamente 10 anos (depende se for considerado o lançamento para Arcade/Dreamcast, ou para PS2/Xbox) uma sequência para Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes. Considerado um dos melhores jogos de luta já feitos por várias pessoas, ele trazia uma ótima jogabilidade com bons gráficos cheios de efeitos especiais e luzes, 56 personagens ao todo e muita, mas muita diversão. Felizmente, um sucessor realmente digno veio para entreter uma nova geração e continuar o excelente legado da porrada visto nos dois anteriores.

Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds chegou para quebrar os controles de quem tem Xbox 360 e Playstation 3. Totalmente dinâmico, simples de se jogar, divertido ao extremo e com algumas novidades bem interessantes, ele te fará ficar vidrado por horas e horas diante da TV, vendo um show de explosões (sendo que até tem um alerta de saúde antes da jogatina começar), golpes bem variados, bastante apelação e personagens "estranhos", das principais franquias de cada empresa, uma dedicada a criação de quadrinhos e a outra de jogos eletrônicos.


THAT'S WHAT I'M TALKIN' ABOUT! (PS: Wesker apelão demais ._.)

Sem uma trama definida, o propósito de Marvel vs. Capcom 3 é o mesmo que o de qualquer outro bom jogo de luta: escolher alguns personagens e sair na porrada contra os mais inimagináveis oponentes, que querem te aniquilar de qualquer jeito (e conseguem, muitas vezes), abusando de combos, golpes normais, meios de defesa e, claro, os famigerados especiais. Como é de se esperar, o inimigo mais difícil fica para o final, e este sim é um verdadeiro desafio a parte. Prepare-se para sofrer muitos danos, morrer várias vezes, se frustrar por quase vencer e ver a Terra ser destruída por ninguém menos que Galactus, O Devorador de Planetas.

Os gráficos do game são extremamente bem feitos, seguindo mais ou menos o mesmo estilo que se viu em Street Fighter IV e Super Street Fighter IV, meio que uma "pintura" com efeitos de cell-shading. Alguns personagens ficaram com um estilo mais "cartunizado", como Chris Redfield, se for compará-lo com sua versão de Resident Evil 5. Mas isso é justificável, graças ao envolvimento das criações da Marvel no meio. Como já disse, o abuso de efeitos especiais é muito presente aqui, com explosões, luzes, lasers, "Hadoukens" e cores aparecendo praticamente em todos os instantes dos combates. O cenário é bem feito, mas como é de se esperar, não é nem um pouco interagível, graças ao sistema de luta 2D (que está mais pra um 2,5D) adotado desde os primórdios da série.

O som está muito melhor que nas versões anteriores. Músicas mais empolgantes, temas de vários personagens e séries presentes e algo que combina bem mais com os momentos das lutas marcam esta "digievolução". A dublagem melhorou bastante também, com personagens apresentando falas que conseguimos entender e ainda com a opção de vozes em japonês ou inglês. Os efeitos sonoros receberam muitas melhorias, se assemelhando muito mais a realidade, com sons de socos, chutes, espadas, armas e explosões. Enfim, pra mim foi o setor que mais recebeu modificações, e todas foram bem necessárias.

Agora, o mais importante e, sem dúvidas, totalmente essencial em qualquer fighting game: a jogabilidade. E isso, meus amigos, está praticamente impecável. Praticamente porque a dificuldade simplesmente aumenta demais em pouquíssimas batalhas, o que certamente assustará os mais desacostumados ou casuais. Mas, de resto, tudo está ótimo: controles simples, que fluem perfeitamente e permitem as mais variadas combinações para a criação de combos, especiais ou até mesmo golpes conjuntos. Ainda é possível regulá-los para um modo mais simples e o modo normal. Além disso, são 4 modos possíveis de se jogar offline: Arcade (que conta com 5 níveis de dificuldade e mais algumas coisitas), Versus, Training e Mission. Existe também, obviamente, o modo online para os felizardos possuidores da Live. Para melhorar a experiência, são selecionáveis 36 personagens no total (contando os destraváveis, claro), sendo 18 para cada lado, e que contam com caracterísitcas bem diferentes e que, se forem bem usadas, com certeza garantirão a vitória na maior parte dos confrontos.

Já deu pra ver o naipe da última luta, não?
 
Os extras, infelizmente, ficam um pouco aquém do que era de se esperar, especialmente após o apresentado em MvC2. Apenas algumas músicas, sons, falas e artworks dos characters presentes estão disponibilizados no disco. Nada de vídeos, making of, nada. Felizmente, os primeiros DLCs para o título já estão a caminho, trazendo alguns personagens novos (velhos conhecidos dos mais fanáticos, na verdade), como Jill Valentine de Resident Evil e Shuma Gorat das HQs da Marvel.

Com tanta espera e depois de tanto, mas tanto tempo, acredito que os fãs poderiam até jogar uma bomba (para mais detalhes, procurem por Durg's Boy aqui no Bar) na Capcom caso o resultado deste game fosse abaixo do esperado. Felizmente não foi isso que aconteceu, e Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds é sem dúvidas um sucessor digno para um dos maiores jogos de luta de todos os tempos. Com ótimos gráficos, som extremamente melhorado e uma excelente jogabilidade, que flui perfeitamente e é de fácil acesso, sem dúvidas é o melhor jogo de 2011 até agora. 36 personagens, muitos golpes, especiais e apelação total também o marcam, e, claro, são outros pontos de destaque do título. Agora, um aviso para quem resolver começar a jogar: muito cuidado para não viciar, o que é extremamente difícil...

Gráficos: 9,5
Som: 9,0
Jogabilidade: 9,5
Desafio: 9,5
Diversão: 10,0
Extras: 7,5

NOTA: 9,5

Trailer:


"Ya can't spell assassin without sin -- and twice the ass!"

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