segunda-feira, 6 de junho de 2011

CRÍTICA: Halo: Reach [X360]


Algumas empresas do ramo de jogos eletrônicos simplesmente tem minas de ouro em suas mãos. Franquias com legiões de fãs ou apenas um simples título com muita expectativa, boas críticas e um investimento médio/grande em propaganda sempre rendem, e sempre renderão, muito dinheiro. E este é justamente o caso da série de FPSs "Halo", que, desde 2001, conquistou o mundo todo com games divertidos e bem feitos, conseguiu seus próprios fanáticos e arrecadou uma excelente renda desde então, graças ao reconhecimento por todo o trabalho e dedicação vindo dos sites especializados e também as campanhas de marketing. E "Halo: Reach" é justamente o fim desta fonte de grana da desenvolvedora Bungie, pois agora os reponsáveis pelos próximos lançamentos serão os estúdios 343 Industries, uma subdivisória da Microsoft.

Mas apesar disso, não pensem que ficou algo feito nas coxas. Longe disso: toda a equipe de criação se empenhou bastante para criar o melhor Halo de todos para os fãs (talvez como forma de despedida). E com toda certeza conseguiram, pois Halo: Reach é um jogo fantástico, daqueles que te prendem do início ao fim, com uma história incrível e cativante em meio de todo um conflito entre planetas, somado a excelentes gráficos (os mais realistas de toda a série), ótima jogabilidade, trilha sonora de muita qualidade e, para os gamers hardcore, um elevado nível de dificuldade que, em certas horas, chega a dar muita raiva dos inimigos.


A jogabilidade é um dos pontos mais fortes de "Reach".

A trama, por mais incrível que pareça, é um alto aqui, fugindo um pouco da regra dos shooters recentes de foco quase que absoluto no multiplayer. No ano de 2552, você controla Noble Six, um supersoldado da Equipe Noble que, junto com seus companheiros, deve combater os Covenant, a ameaça alienigena que planeja a tomada e destruição total do planeta Reach. Ao longo de 10 missões, você passa por diversas situações no meio das batalhas, entre elas atos de total heroísmo dos outros soldados. Uma história emocionante, totalmente digna da série e que tem seus acontecimentos antes de "Halo: Combat Evolved" (o primeiro da série). Só acho que ela poderia ser um pouco mais longa, ou então fui eu que não vi o tempo passar curtindo o jogo...

Os gráficos de "Reach" são com certeza os melhores de toda a franquia Halo e provavelmente um dos melhores de qualquer jogo já feito para X360. Como eu disse, toda a equipe de desenvolvimento se empenhou muito para criar o melhor jogo possível, especialmente no aspecto gráfico, que, na minha opinião, sempre ficou abaixo de vários outros games. E o êxito foi alcançado, com belíssimos cenários, faces totalmente realistas (o ponto mais fraco dos jogos anteriores), design incrível de armas e veículos, construções cheias de detalhes, aliens bem feitos, várias explosões e tiros e animações fantásticas. Além disso, é extremamente difícil ver algum tipo de bug gráfico e, quando ocorre, é algo mínimo e extremamente difícil de se notar.

A jogabilidade é muito boa. Comandos bem posicionados e fluídos, excelente movimentação, ótimo uso dos "gatilhos" RT e LT, mira precisa, controle total do personagem, etc. Além disso tudo, temos a novidade das batalhas espaciais, muito esperadas pelos fãs da série. Temos também os vários modos multiplayer, tanto local quanto online. A única coisa que realmente pecou foi o controle dos veículos, tanto em terra quanto no espaço, pois acelerar, movimentar e andar de ré através do analógico esquerdo é horrível e muito difícil, com várias horas com paradas forçadas. Mas, tirando isso, todo o resto é positivo.

Isso é "Reach", e em tempo real ainda.

O som do jogo é mais um ponto onde não tenho muito o que reclamar. A dublagem é muito boa, e os movimentos labiais são perfeitamente sincronizados com o que se ouve. Os efeitos sonoros são todos bem realistas (exceto os sons no espaço, mas sem isso não teria graça), com explosões, tiros, passos, ruídos de veículos, grunhidos dos Covenant e outros mais. Só a trilha sonora poderia ser um pouco mais presente e empolgante, mas ela aparece nas horas certas para criar o clima, seja ele de suspense ou ação frenética. O volume também está no ponto certo, e tudo é perfeitamente auditível.

"Halo: Reach" ainda traz outras opções interessantes que o fazem valer a pena. Além dos modos multiplayer já citados anteriormente, também há a possibilidade de jogar missões específicas da campanha solo, de modo que facilita encontrar algum item secreto não achado no meio do caminho. Também é possível editar o seu personagem da maneira que desejar, comprando peças novas para a armadura (como capacetes, ombreiras, proteções de perna, etc.), outras vozes, e até mesmo criando o "emblema" que ele estampar no braço. Posso estar me esquecendo de mais alguma coisa, mas isso é o que mais me chamou a atenção.

Acredito que eu recomendaria "Halo: Reach" facilmente para várias pessoas. Seja porque elas são fãs da série, porque elas querem um jogo novo, porque gostariam de "se iniciar" (ui) na franquia, porque gostam de FPSs, porque gostam de jogos de ação... As chances de não agradá-las seriam mínimas. Mas também, com tantas qualidades como as que foram apresentadas neste texto, é difícil o contrário acontecer. Belos gráficos, ótimo gameplay, história de primeira e excelente som tornam "Reach" no que ele é: a obra-prima da história da Bungie. E digo mais uma vez: os produtores se empenharam o máximo para criar o melhor "Halo" até então, e conseguiram.

Agora, quem não jogou, JOGUE, e fique no aguardo para "Halo 4" e o remake especial de aniversário de "Halo: Combat Evolved", ambos anunciados HOJE na E3... :)

Gráficos: 10,0
Jogabilidade: 9,0
Som: 9,5
Desafio: 9,5
Diversão: 9,0
Extras: 7,0
História: 10,0


NOTA: 9,5


Trailer:



Alguns dos veículos e soldados em ação.

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