quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Iron Maiden - 1986 - Somewhere in Time

Começarei falando de um dos meus CDs favoritos: Somewhere in Time, do Iron Maiden. Apesar de não ser mais a banda que eu mais ouço hoje em dia, não posso deixar de citar a importância desse CD, que me marcou desde a primeira vez que ouvi.
Considerado um dos mais injustiçados do Maiden, o álbum é um excelente do início ao fim. Nessa época, os membros da banda estavam inspiradíssimos (especialmente Adrian Smith), e só produziram clássicos como este, além de Seventh Son of a Seventh Son e Powerslave. Não é a toa que esses anos são chamados de Golden Years do Iron.

A grandiosidade já começa pela capa, uma excelente arte do mestre Derek Riggs, que incluiu muitos, mas muitos detalhes a capa, como o cesto de lixo do 1º álbum. É um dos desenhos mais bonitos que eu já vi até hoje, pelo capricho e a riqueza de detalhes.
A 1ª faixa, Caught Somewhere in Time, é um ótimo começo para o CD. Com um instrumental bem agressivo, solos rápidos e vocais perfeitos de Bruce Dickinson, a música tem duração de 7 minutos com o melhor do que o Metal pode oferecer.
A 2ª faixa, Wasted Years, é um clássico do Maiden. Composta por Adrian Smith, ela tem uma ótima letra letra e um instrumental perfeito, junto com um clipe que retrata diversos momentos da carreira do quinteto até 1986. Seu single também veio com B-sides ótimos, a música Reach Out (cantada por Smith) e Sheriff of Huddersfield, composta como "homenagem" ao agente da banda, Rod Smallwood. É sem dúvidas uma das melhores composições do Iron Maiden.
A 3ª faixa, Sea of Madness, não é muito conhecida. Mesmo assim, eu a considero uma das melhores do disco. Com um instrumental equilibradíssimo, sabendo quando ser rápido e quando ser um pouco mais lento, e uma grande linha vocal, essa música empolga a qualquer um. Além disso, tem uma letra interessante, que eu gosto bastante. É uma pena que a música não teve muito destaque (DETALHE: também foi composta por Adrian Smith).
A 4ª faixa, Heaven Can Wait, é a única do disco que fez integrou boa parte das setlists da banda. Também, não é pra menos: ela é excelente e empolgante. O instrumental é rápido e agressivo, junto com o vocal. A letra fala sobre uma pessoa que parece ter morrido, e vê, em forma de espirito, todo o mundo a sua volta, e fica se pergntando se ela morreu ou não. No fim, essa pessoa acorda, mas não sabe se realmente morreu ou se era tudo um sonho. É uma das músicas mais empolgantes ao vivo.
A 5ª faixa, The Loneliness of the Long Distance Runner, começa calma, mas depois fica bem rápida, como uma corrida. É uma grande composição, com um instrumental digno e uma ótima linha vocal. Também não teve muito destaque e não integrou outras setlists além a da turnê do disco.
A 6ª faixa, Stranger in a Strange Land, garante um equilíbrio ao disco, por ser a música mais calma, mas nada que possa ser considerado balada. O instrumental dessa música é perfeito, com um dos solos mais belos que já ouvi, e o vocal não fica muito atrás, com uma ótima atuação de Bruce Dickinson. Foi o segundo single do álbum , que trouxe como B-sides a ótima That Girl e Juanita. A música foi também foi composta por Smith, e a letra é excelente, inspirada em um explorador que foi achado na Antártida.
A 7ª faixa, Déjà-vu, Não é uma das minhas preferida, mas é boa. A letrá é ótima, porém, falando dos Déjà-vus, fenomenos estranhos que ocorrem quando presenciamos algo e parece que já haviamos vivido isso. O instrumental não é um dos mais inspiradores, mas a linha vocal é muito boa.
A 8ª faixa, Alexander The Great, é considerada por muitos um clássico desconhecido e uma das melhores músicas da banda. Tem um instrumental extremamente agressivo e rápido, principalmente nos solos, e é uma das melhores músicas com Bruce Dickinson nos vocais, que são perfeitos. A letra fala sobre a vida de Alexandre, O Grande, tem um clima inspirado nas batalhas vividas por ele. Sem dúvidas, um dos melhores encerramentos para um disco.

Enfim, é um CD que merece, e MUITO, ser ouvido e analisado nos mínimos detalhes, pois é um grande clássico do Metal, apesar de injustiçado até pela própria banda.

NOTA: 9,0.

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