sábado, 2 de abril de 2011

Let There Be Rock - Episódio 6: 70s, parte 2/3: Guess who just got back today!


Salve salve, galera rockeira do Bar Obi-Wan! Depois de uma semana dramática sem Let There Be Rock (para quem não viu, foram 2 adiamentos), eis que volto para escrever o tão esperado episódio 6 da série musical! Dando continuidade a minha última postagem, falarei sobre a segunda parte dos anos 70, envolvendo desde o início de 1974 até o fim de 1976, período onde ocorreram diversas novidades, surgimento de novas bandas e lançamentos. Como sempre, tudo apresentado em um texto bem humorado e, claro, com muita boa música. Especialmente hoje, por ser de uma época que gosto muito quando se trata da década de 1970.

Para começar, digo que está é uma parte muito importante da história do Rock, pois é quando as bandas de Hard Rock e Metal começam a entrar em ascensão, com o surgimento de grandes nomes que se destacarão muito nos anos que se seguiram. Outro aspecto marcante é que foi aqui que se iniciou o movimento Punk, na Inglaterra, sendo que depois se espalhou para o resto do mundo, e que também influenciou muito as gerações seguintes. Junto a isso, temos os subgêneros já conhecidos e algumas das bandas que já estavam no topo subindo cada vez mais, enquanto certas outras começaram a perder popularidade...

Em 1974, temos o debut dos canadenses do Rush, uma das mais famosas bandas de Rock Progressivo da história, na cena musical. Seu álbum de mesmo nome (de "Working Man") teve boa repercussão e foi bem aceito pelo público na época, apesar de ser mais Hard/Heavy. Outros que também apareceram nesse mesmo ano foram o Judas Priest, os deuses do Metal, com "Rocka Rolla", tendo seu nome e capa referentes a "Coca-Cola". O Supertramp, outra banda de Prog já meio conhecida na Inglaterra, veio com o que é provavelmente seu melhor álbum, o famoso e ótimo "Crime of the Century" (de "School", "Dreamer" e "Crime of the Century"), com uma sonoridade bem mesclada com o Pop Rock também. O Deep Purple trazia com uma novidade em sua formação: David Coverdale, que mais tarde se destacaria mais com o "Whitesnake". O grupo lançou, nesse ano, o excelente "Burn" (de "Mistreated" e "Burn"), mas, durante a turnê de divulgação, novas desavenças surgiram entre os membros o que culminou na saída do guitarrista e lider Ritchie Blackmore. Ainda temos o Queen com dois discos em 74: "Queen II" (menos importante) e "Sheer Heart Attack" (mais importante, com "Killer Queen", "Brighton Rock", "Stone Cold Crazy" e "Now I'm Here"); além do Kiss, também com dois lançamentos: "Kiss" (de "Strutter") e "Hotter Than Hell". Por incrível que pareça, Led Zeppelin, Pink Floyd e Black Sabbath não lançaram nada.

1975 foi um ano de peso no cenário musical. Bandas extremamente importantes apareceram, enquanto os gigantes da época realizaram alguns de seus melhores trabalhos. Para começar, nada menos que o AC/DC lançava seu primeiro LP, "High Voltage" (de "It's a Long Way to the Top (If You Wanna Rock N' Roll)", "T.N.T.", "The Jack" e "High Voltage"), em suas versões australiana e mundial. Todos sabemos os monstros do Rock que os australianos se tornaram nos anos seguintes, então nem darei muitas explicações. Junto a eles, Ritchie Blackmore voltava sem o Deep Purple, e sim com uma nova banda: o Rainbow, que trazia ninguém menos que o lendário vocalista Ronnie James Dio nos vocais. O disco de estréia, "Ritchie Blackmore's Rainbow" (que conta com "Man on the Silver Mountain", "Self-Portrait" e "Catch the Rainbow"), é uma verdadeira aula de como seu fazer Rock, com excelentes composições e uma banda extremamente competente. Também tinhamos o Motörhead lançando "On Parole" (com "Motorhead", "On Parole" e "Iron Horse/Born to Lose"), dando assim início a uma das bandas mais importantes para o surgimento posterior da NWOBHM e do Thrash Metal. Ainda temos o Queen com "A Night at the Opera" (da clássica "Bohemian Rhapsody", junto com "Love of My Life" e "You're My Best Friend"), e, a partir daí, o grupo ganhou o mundo, realizando shows imensos para arenas lotadas. Além disso, temos o retorno da "tríplice" a estúdio: Black Sabbath lança "Sabotage" (de "Symptom of the Universe" e "Megalomania"); Led Zeppelin vem com "Physical Graffiti" (da famosa "Kashmir", e também de "Houses of Holy" e "Trampled Under Foot"); e o Pink Floyd nos traz "Wish You Were Here" (que conta com todas as partes de "Shine On You Crazy Diamond", "Wish You Were Here" e "Have a Cigar"). Also, Bruce Springsteen lança "Born To Run", e o que restou do Deep Purple gravou "Come Taste The Band", um fracasso que resultou num hiato de 9 anos.

E 1976 também contou com muita qualidade. AC/DC com as versões australiana e mundial de "Dirty Deeds Done Dirt Cheap" (com "Rocker", "Big Balls", "Problem Child" e "Dirty Deeds Done Dirt Cheap"); Queen com o ótimo "A Dayat the Races" (de "Tie Your Mother Down" e "Somebody to Love"); Rainbow com o fantástico "Rising" (que tem "Stargazer", "Starstruck" e "Tarot Woman"); Rush com o conceitual "2112" (com a gigantesca "2112", que tem mais de 20 minutos), apresentando o lado Progressivo do grupo; Thin Lizzy com dois álbuns: o conhecido "Jailbreak" (contando com "Jailbreak" e "The Boys Are Back in Town") e o também conceitual "Johnny The Fox"; Led Zeppelin com "Presence" (de "Achilles Last Stand" e "Nobody's Fault But Mine"); Judas Priest com "Sad Wings of Destiny" (que conta com "The Ripper" e "Victim of Changes"); Aerosmith com "Rocks" (de "Last Child" e "Back in the Saddle"); Kiss lançando o clássico "Destroyer" ("Detroit Rock City" e "God of Thunder") e também "Rock and Roll Over" ("Calling Dr. Love" e "Hard Luck Woman"); e o Black Sabbath com o criticado "Technical Ecstasy" (de "It's All Right" e "Dirty Woman").

Nesse mesmo ano também tivemos algumas novidades. A primeira delas é que foi formada a primeira banda exclusivamente de meninas, "The Runaways", todas adolescentes entre 16 e 17 anos (entre elas, Joan Jett e Lita Ford), e que estrearam com o disco homônimo (que conta com "Cherry Bomb", "You Drive Me Wild" e "Rock and Roll"), tendo uma sonoridade bem agressiva e letras críticas. A segunda é que, enquanto isso, na cena "Underground", o movimento Punk vinha se formando, com alternativas de protesto através da música. Assim, nascia o Punk Rock, sempre com letras críticas, canções curtas, atitude agressiva e sonoridade pouco trabalhada. Entre bandas de destaque, temos os Ramones (com o auto-entitulado "Ramones"), The Clash e Sex Pistols, que só lançaram seus primeiros discos no ano seguinte e, por isso, ficarão para a semana que vem. E ainda temos as primeiras movimentações de grupos da "New Wave of British Heavy Metal" (ou NWOBHM), com o Iron Maiden e o Saxon com suas primeiras formações, tocando apenas em pubs e bares ingleses.

E por enquanto é só, galera. Semana que vem retornarei, para falar sobre a última parte dos anos 1970, desde o começo de 1977 até o fim de 1979. Fiquem agora com algumas músicas citadas no texto:

























PS: Devido a um imprevisto, não deu pra sair na sexta, mais uma vez...

YEAH! \,,/

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