sábado, 15 de janeiro de 2011

CRÍTICA: Assassin's Creed II [X360]


Nada melhor do que escrever minha primeira crítica de 2011 sobre um jogo tão bom, que foi lançado em 2009 e que só consegui finalizar agora (por pura preguiça mesmo). Assassin's Creed II merece todos os elogios que recebeu da mídia especializada na época, por ter renovado o nome da franquia, já que o primeiro jogo, depois de tanta expectativa criada, não saiu como o esperado, teve uma jogabilidade bastante linear e acabou decepcionando a muitos (mesmo sendo um ótimo game). Com muita variedade de missões e opções de exploração, AC2 conseguiu corresponder a o que os fãs pediam, somando ainda uma ótima história, excelentes gráficos (como no primeiro) e jogabilidade de primeira.

Novamente, começarei destacando os pontos fracos do título, pois são poucos e assim eu posso desenvolver o resto texto de uma forma melhor ao destacar mais os pontos fortes. Alguns bugs gráficos, áudio das cutscenes um tanto baixo e certos problemas com os controles foram coisas que me incomodaram em Assassin's Creed II, principalmente o último, pois em diversas partes os comandos que são dados ao Ezio não são bem correspondidos, o que atrapalha, por exemplo, uma "escalada" a lugares como tumbas de assassinos ou então em alguma perseguição.

A história do jogo foi extremamente bem desenvolvida, mesclando o passado com o presente. A princípio, você controla Desmond, um jovem que é descendente de uma linha milenar de assassinos e que tem suas memórias guardadas, mas para conseguir acessá-las precisa de uma máquina chamada Animus. Ao usá-la, quem vira o personagem controlável é Ezio, um italiano que viveu durante o século XV e que, após ver seu pai e o irmão serem assassinados em praça pública por Rodrigo Borgio (que de pois se tornou o papa Alexandre VI), jura vingança e assume o legado de seu pai, mesmo sem saber que, sendo assim, ele mesmo se tornava um assassino. Mistérios e reviravoltas também marcam a trama, bem como aparições de personagens históricos como Leonardo Da Vinci e Nicolau Maquiavel.

Os gráficos do game tem uma incrível semelhança com a realidade. Apesar de não achar a modelagem dos personagens totalmente convincente (mesmo sendo muito boa, algo não me agrada, só que eu não sei o que :S), o cenário foi recriado de uma forma sensacional, de uma forma que dá até para se sentir dentro das cidades italianas de 1400-1500. Além disso, tudo flui de uma forma natural, com pessoas passeando nas ruas, guardas fazendo rondas em vários locais, gondoleiros remando, pássaros voando... E quanto as localidades, AC2 se passa em cidades famosas como Veneza, Roma e Florença.

A porrada também rola solta aqui.

A jogabilidade, em relação ao antecessor, não sofreu muitas mudanças, mas tem algumas novidades muito boas. A primeira é a possibilidade do uso de duas lâminas, uma em cada braço, o que permite eliminar inimigos de forma muito mais rápida. A segunda é a pistola, que você só ganha mais para fim do game, mas que é totalmente útil, por ter um tiro muito potente e um longo alcance. A terceira é poder dar um upgrade no seu equipamento, podendo também reparar danos e até escolher roupas alternativas. Entre outros elementos, que são muitos e poderia ficar listando-os até amanhã. Quanto ao resto, o que não mudou muito é porque melhorou, algo que era mais do que a obrigação dos desenvolvedores.

É no som de Assassin's Creed II onde ele com certeza mais peca. Sem trilha sonora marcante e com baixo áudio, fica até estranho e um pouco frustrante de se jogar (mas o universo do título te envolve tanto que você nem chega a perceber direito estes detalhes). Porém, a dublagem é excelente e os efeitos sonoros são muito fieis, como o bater das lâminas das espadas, tiros, quedas no feno e muitas outras coisas. Chega até a ser contraditório dizer que o som é ruim e acabar elogiando os efeitos sonoros... (mas enfim)

Fora da história principal, o game também tem outras tarefas extras para serem cumpridas. Contratos de assassinato, exploração de tumbas de assassinos, tesouros espalhados pelas cidades, diversos pointviews (que lhe garantem uma bela vista e também ajudam a completar os mapas), corridas e outros mostram que a variedade de sidequests para serem completadas é muito grande. AC2 ainda conta com dois DLCs: "The Battle of Forlì" e "Bonfire of Vanities", que correspondem as sequências 12 e 13 das memórias de Ezio. De resto, não há muita coisa para se fazer. Os "extras" do menu principal são ridículos e nem merecem ser conferidos, e ainda são pouquíssimos.

De qualquer forma, Assassin's Creed II é a verdadeira prova de que qualquer jogo bom pode ficar muito melhor se tiver seus erros corrigidos e novos elementos adicionados. Com uma ótima trama, excelente jogabilidade é ótimos gráficos, o game só fica devendo mesmo no som, que com toda certeza poderia ser melhor. Pode contar com alguns outros problemas, mas, como sabemos, nada é totalmente perfeito. De qualquer forma, não foi a toa que recebeu prêmios como o de Melhor Jogo de Ação de 2009 no VGA ou o de Melhor Jogo para X360 de 2009 na IGN...

Gráficos: 9,5
Jogabilidade: 9,0
Som: 8,0
Desafio: 9,0
Diversão: 10,0
Extras: 8,5


NOTA: 9,0


Trailer:



"Leonardo, I found another Codex page for you".

Nenhum comentário:

Postar um comentário