domingo, 28 de março de 2010

CRÍTICA: Pokémon HeartGold/SoulSilver


Pokémon... Falar sobre isso me traz de volta a infância. Bons tempos onde eu assistia religiosamente ao anime, comprava figurinhas, bonequinhos e etc. Mas o melhor disso tudo era (e sempre foi) jogar aos games. Só lá eu realmente podia ser um verdadeiro treinador Pokémon, com um time bem feito e treinado, batalhas, ginásios, insígnias e liga Pokémon. Sem falar que eles eram extremamente divertidos, com vários elementos que me entreteram por horas e mais horas.

Anos se passaram e, bem, as coisas não mudaram muito. Essa desgraça continua presente na minha vida, e eu continuo jogando cada versão nova que sai. Os jogos continuam divertidos e sempre inovando, com várias melhorias em diversos aspectos a cada versão. E aqui estou eu para falar sobre os últimos games lançados.

Pokémon HeartGold/SoulSilver não são exatamente jogos novos, e sim remakes dos famosos Gold e Silver, lançados para Game Boy e Game Boy Color (sim, aqueles primeiros GBs), para Nintendo DS. Mas, são remakes, e todos os remakes tem características novas e diferentes dos seus jogos originais. Claro que HG/SS não poderia ficar de fora.

Em primeiro lugar, os aspectos que mais mudaram em HeartGold/SoulSilver foram, obviamente, os gráficos. Todos os lugares foram refeitos, e tiveram elementos estéticos adicionados. Especialmente os ginásios, onde várias coisas novas foram colocadas, para aumentar a dificuldade de chegar até a líder e conseguir sua insígnia. Além disso, elementos 3D estão presentes nos jogos, como o aparecimento de Lugia e Ho-Oh, algumas vistas de certos lugares e o Magnetic Train. Os sprites dos bichinhos e dos treinadores também foi modificado, com novas animações e cores melhoradas. Mesmo assim, o visual deixa a desejar em um aspecto: a câmera, que continua sendo de cima, e parece que nunca irá mudar de ângulo. 

O som dos games também está bem melhorado, com "remixes" das músicas originais e alguns barulhos reformulados. Além disso, cada cão lendário ganhou um tema novo e diferente, que toca quando eles aparecem para batalhar com você. E um recurso interessante dos jogos é que, lá para o fim, você ganha um item chamado "GB Sounds", que se assemelha a um iPod com o visual de um Game Boy. Com ele, você pode mudar os efeitos sonoros para os originais de Gold/Silver, o que aumenta muito mais a nostalgia ao jogar. Apesar disso tudo, a trila sonora continua não sendo a mais agradável e memorável de todas, e pode irritar em certos momentos.

A jogabilidade foi melhorada, sendo que é baseada em Pokémon Platinum, versão que já era do NDS, e que já tinha recursos feitos para se jogar na TouchScreen do portátil. Porém, novidades foram adicionadas, como o fato de poder mexer nos menus diretamente pela tela de toque, e minigames como o Pokéthlon, o plantio de berries e outras coisas. Também é possível usar itens registrados por ela (que agora são 2, inclusive), alternar entre andar e correr e mexer nos Box do PC. 

A história continua praticamente a mesma, só que com a adição de alguns personagens importantes, como a Lyra, a garota que veio substituir a Crystal, de Pokémon Crystal, e que te ajuda e ensina certas coisas ao decorrer da aventura. A Equipe Rocket também está presente aqui, e sua participação é um pouco maior do que nas versões originais. Além disso, o modo como você encontra o Suicune mudou, e ele não fica mais alternando de lugar, como Entei e Raikou.

Algumas áreas foram modificadas, como a Silver Cave, que está bem mais complicada de se chegar ao topo e cheia de itens, e a Victory Road, que foi melhorada. Outras áreas foram adicionadas, como o Pokéthlon (triatlo para Pokémons em forma de minigames), um GTS (Global Trade Station, para trocas de Pokémons via Wi-fi) igual ao do Pokémon Platinum, a Battlefrontier também igual a da versão anterior e a Cerulian Cave, permitindo que você possa capturar o Mewtwo. Falando nisso, é possível capturar quase todos os Pokémons lendários e guardiões nessas versões, com a exceção dos Regis, do trio lendário de DPPt e dos  secundários dessa geração. E também é possível, após derrotar o Red, escolher um inicial da 1ª e 3ª geração. Sem falar no retorno do Swarming, através do programa de rádio do Professor Oak. Ou seja, tem muita coisa pra fazer, muitas áreas para se explorar e muitos, mais MUITOS Pokémons para se capturar.

Some tudo isso a várias horas de diversão, ao fato de existirem 2 continentes para se explorar (Johto e Kanto, como nas versões originais), a possibilidade de reenfrentar os líderes de ginásio após enfrentar todos (quase do mesmo modo que em Pokémon Platinum), eventos Wi-fi e teremos HeartGold/SoulSilver. Sem dúvidas, os melhores games da série lançados até agora. Inclusive, as versões originais trazem como brinde o PokéWalker, um pedômetro que é uma mão na roda para treinar algum dos seus bichos virtuais. Enfim, vale a pena ser jogado, mesmo que você não seja muito fã da série.

NOTA: 8,7.

Trailer:

Capas das versões originais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário